As clostridioses, resultantes da ação de bactérias do gênero Clostridium, representam preocupações e desafios para os produtores, sendo muitas vezes letais e até frequentes nas atividades pecuárias.
Conheça as 4 clostridioses mais comuns na pecuária bovina
Botulismo: é altamente perigoso, sendo desencadeado quando o animal ingere toxina pré-formada ao se alimentar de alimentos deteriorados. Tem maior ocorrência em vacas em lactação.
Tétano: é uma doença infecciosa letal que afeta o sistema nervoso dos bovinos por meio de ferimentos, manifestando-se com sinais como rigidez mandibular e tropeços durante a caminhada.
Gangrena gasosa: infecção conhecida como Edema Maligno, atinge animais por meio de ferimentos, raramente permitindo recuperação.
Carbúnculo sintomático: trata-se de uma infecção sanguínea que ataca os músculos, com alta taxa de mortalidade, afetando principalmente animais de 6 a 30 meses de idade. Após a infecção os óbitos costumam ser rápidos, de 12 a 48 horas, com a taxa de mortalidade atingindo 100%.
Prevenção e controle das clostridioses
O tratamento das clostridioses muitas vezes é inviável, resultando em grandes perdas ao rebanho. Assim, a prevenção se torna fundamental, sendo a vacinação a principal medida de proteção.
Além da vacinação do rebanho, as práticas de manejo adequadas, como evitar materiais cortantes nas instalações e usar agulhas diferentes para vacinar e medicar, são formas de evitar a contaminação e a propagação dessas doenças.
É essencial que funcionários encarregados do manejo com os animais realizem as melhores práticas, seguindo as orientações de higiene e os períodos de vacinação, a fim de minimizar impactos de produção e possíveis prejuízos à fazenda.
Vale também considerar como medida de controle e prevenção das clostridioses, a eliminação das carcaças dos animais, a suplementação mineral, os cuidados com ferimentos ou ainda evitar mudanças radicais na alimentação dos bovinos.