Para começar, é importante entender o que é a agricultura familiar. Para ser caracterizada como tal, a produção deve utilizar mão de obra da sua própria família nas atividades econômicas, e a propriedade não pode ser maior que quatro módulos fiscais. A direção também precisa ser realizada por membros da família, e uma parte mínima da renda familiar precisa ser gerada através da propriedade.
Diferente das grandes propriedades, os empreendimentos familiares produzem uma diversidade maior de culturas, através de uma relação muito próxima com a terra, seu local de trabalho e a moradia. A produção é equilibrada entre os alimentos destinados à subsistência da família, e os vendidos ao mercado. O manejo do solo costuma ser orgânico, com respeito ao ecossistema.
Mas você sabia que mais de 80% de todos os alimentos produzidos no mundo são de propriedades familiares? No Brasil, o Censo Agrícola do IBGE indica que a agricultura familiar é a base econômica de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes, com produção diversificada de grãos, proteínas animal e vegetal, frutas, verduras e legumes.
Em números, os agricultores familiares produzem cerca de 70% do feijão brasileiro, 34% do arroz, 87% da mandioca, 60% da produção de leite e 59% do rebanho suíno, 50% das aves e 30% dos bovinos.
Fonte: Estadão.
